Um dia, torno-me poliglota
E crio uma língua diferente
De linguagem suave e quente
Pra uso exclusivo dos amantes
Em voz que acalme e enterneça
Que apaixone e encante
Que desatine e enlouqueça
Pego o charme francês
A veemência italiana
O jeito analítico inglês
A suavidade espanhola
O aglutinativo alemão
A simplicidade latina
A imortalidade hebraica
E a doçura do português
Em letras que falam ao coração
Rabisco, coloco no papel
Reinvento uma babel.
E então te mando uma rosa
Junto com singelo convite:
“Venha me ver qualquer hora,
Ouvir Brahms, provar absintite,
conversar nessa babel amorosa”.
Gravura de Michelle Cunha
...Se você quiser
ResponderExcluirEu vou te dar um amor
Desses de cinema
Não vai te faltar carinho
Plano ou assunto
Ao longo do dia...
Vanessa da Mata