10 janeiro, 2012

WANDA MONTEIRO



A madrugada
Já não me é mais doce
A madrugada
Já não me é mais morna
      
A madrugada
Já não me afaga como brisa
A madrugada
Gélida
Singra–me
Vara-me
Parte-me
Deixando-me em ruínas
A madrugada
Já não me é contemplação 
A madrugada
Agora
Contempla meus escombros