28 outubro, 2010

CHUVA

Chove.
Que chova bastante para apagar a poeira desta terra!
Que chova muito mesmo para acalmar o ódio dos mortais!
Que chova demoradamente para lembrar a todos que
Paz e salvação, que corpo humano é pó!
Na vidraça escorrem pingos.
A trégua da raiva se impõe.
Há uma pausa: de compreensão, de solidariedade,
de pena, de bondade até.
Chove.
Que chova, porém fininho, que chova delicadamente
porque chuva é feminina e, como boa mulher, pode
resolver desavenças capitais.
Que se esfriem o reboliço e a tensão política
internacional!
Chove.
Que chova bastante, para apagar a poeira desta terra!
Que chova muito mesmo para apagar o ódio dos mortais!
Que chova demoradamente para lembrar a todos que
Paz é salvação, que corpo humano é pó!

Sérgio Gonçalves Lofêgo nasceu no município de Cachoeiro de Itapemirim, no Estado do Espírito Santo, em 16/02/1936, filho de Eliseu Lofêgo e Eny Gonçalves Lofêgo. Advogado, promotor de justiça, professor, jornalista, cronista, poeta, desportista. Escreveu inúmeras crônicas, publicadas em todos os jornais de Cachoeiro de Itapemirim e cidades vizinhas. Foi um dos fundadores da Academia Cachoeirense de Letras, onde ocupou a cadeira n. 1, cujo patrono é Benjamim Silva. Faleceu em 22/08/1986

Extraído: http://www.poetas.capixabas.nom.br/


Nunca tinha ouvido falar de Sérgio Gonçalvers Lofêgo, hoje li este poema um profile de facebook - fiquei encantada - vou tentar descobrir outros dele.

Um comentário:

  1. Sou de Cachoeiro e orgulhoso do talento que flui naquele lugar. Conheço pocuo do Sérgio mas tem muita gente boa por lá, este bloguinho está de arabéns. E a dona dele me arece ser uma linda mulher, você é casada mocinha???

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