06 outubro, 2008

SERTÃO DE PERNAMBUCO


Um soneto à lua cheia


Oh! Lua cheia eu desejava tanto

Que o doce encanto que o teu ser nos traz

Fosse um remédio para nosso pranto

E o transformasse num lual de paz.
Como eu queria que teu rosto santo

Paixão etérea de tantos mortais

Poetizasse tanto o nosso canto

Que a dor do pranto não doesse mais.
E mais ainda - lua encantadora

Como eu queria que esta noite loura

Permanecesse indefinidamente.
Mas já que sonho é coisa duvidosa

Que pelo menos tua luz mimosa

Enluarasse o coração da gente.


*poeta pernambucano - Dedé Monteiro
*fotógrafo paraense - Paulo Santos